A Páscoa é, sem dúvidas, uma das datas mais simbólicas do calendário mundial. Mais do que um feriado religioso, ela carrega tradições, afetos e, claro, uma movimentação econômica poderosa, especialmente no comércio exterior. Em 2025, o impacto da data não se limita às prateleiras dos supermercados ou às vitrines das chocolaterias: ele atravessa oceanos, conecta países e movimenta bilhões de reais em trocas internacionais.
De acordo com um estudo realizado pela Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) em parceria com o Datafolha, a Páscoa de 2025 deve movimentar impressionantes R$5,3 bilhões no Brasil. Isso representa um crescimento de 26,8% em relação ao ano anterior. Segundo os dados, dois em cada três brasileiros pretendem comprar chocolates para a data, com um ticket médio de R$146. Um número expressivo que evidencia como o consumo está em alta e como isso afeta diretamente a cadeia de importações e exportações ligadas ao setor.
O ingrediente estrela da Páscoa, o chocolate, começa sua trajetória muito antes de chegar às mãos dos consumidores. Tudo começa com o cacau, cuja produção está concentrada, em mais de 70%, na África. Países como Gana e Costa do Marfim são líderes nesse setor, mas enfrentaram em 2024 uma série de desafios climáticos e sanitários, que impactaram diretamente a colheita e elevaram os preços globais da amêndoa.
O resultado? Um aumento de 14,31% nos preços de chocolates e bombons, segundo o IBGE – reflexo direto da instabilidade nas lavouras africanas e da dependência global desse mercado.
Em 2024, o Brasil importou 41 mil toneladas de cacau, entre manteiga, pó e pasta, o que representou um investimento de mais de US$160 milhões. Os principais fornecedores foram Malásia, Peru, Uruguai, Costa do Marfim e Gana, de acordo com dados do Comex Vis, plataforma do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
E o chocolate pronto? Esse também cruza fronteiras
Além da matéria-prima, o Brasil também importa o produto final. Em 2024, foram mais de 20 mil toneladas de chocolate vindas de países como Argentina, Alemanha, Suíça e Itália, algumas das nações mais reconhecidas mundialmente pela qualidade e tradição na produção de chocolates.
Por outro lado, o Brasil também exporta, e em grande escala. Foram mais de 50 mil toneladas de cacau em estado bruto enviadas a destinos como Argentina, Holanda, Estados Unidos e Chile. Ou seja, nosso país ocupa um papel estratégico não só como consumidor, mas também como fornecedor global.
Se você pensa que a Páscoa se resume a uma troca de ovos de chocolate, é hora de rever essa ideia. Por trás de cada embalagem brilhante existe uma cadeia logística complexa, que envolve acordos internacionais, variações cambiais, negociações alfandegárias e, principalmente, relações de confiança entre países e empresas.
O comércio exterior é o elo invisível que conecta o campo africano ao supermercado brasileiro, que leva o chocolate suíço à sua mesa e que mantém viva a tradição pascal em escala global. Sem ele, a Páscoa definitivamente não teria o mesmo sabor.
Na Arminter,nossos especialistas estão prontos para te ajudar com soluções personalizadas, inteligentes e seguras em importação e exportação. Desejamos a todos uma Páscoa repleta de significado, bons negócios e, claro, muito chocolate!